Uma pergunta muito recorrente entre meus alunos é: qual a diferença entre escalas maiores e menores, acordes maiores e menores, arpejos maiores e menores?
Bem, vamos começar pelas escalas!
Cada escala tem uma sonoridade própria, característica dela. Isso se dá pela combinação de tons e semitons que ela apresenta na sua composição.
Para relembrar qual é essa composição volte ao post:
Releu? Então, você viu que a escala maior tem a composição:
Onde T é Tom e ST é Semitom. Lembrando que ST é a menor distância entre duas notas, por exemplo, de Dó a Dó# ou de Mi pra Fá. E o Tom é formado por dois Semitons, por exemplo, de Dó a Ré ou de Si pra Dó#.
Para ser uma escala maior ela deve necessariamente seguir essa fórmula de tons e semitons.
Se você tocar a escala de Dó Maior, que é composta somente das notas naturais (sem nenhum acidente) verá que ela seguirá exatamente essa sequência.
Agora tente tocar a escala começando pela nota Sol e vá analisando as distâncias
de T e ST.
Você vai perceber que quando chegar da nota Mi para Fá essa distância é de um ST, o que não bate com a sequência. Então para que a sequência de T e ST continue igual devemos colocar um sustenido (#) na nota Fá. Agora a distância de Mi pra Fá# é de um tom como no modelo. E a distância de Fá# para Sol passou a ser de um ST também como no modelo.
Está aí o porquê de termos os acidentes (# e b) nas escalas!
Essa mesma regra serve para todas as outras escalas maiores.
Agora vamos às escalas menores.
A sonoridade da escala menor é bem diferente da escala maior, dessa forma, sua composição de T e ST será diferente.
A sequência de T e ST mudou!
Repare que se você tocar a escala de Lá menor ela também é uma escala sem acidentes, como a de Dó maior, porém como ela começa em Lá a sequência de T e ST é diferente.
Para fazer as outras escalas menores você deve usar a mesma regra que usamos nas maiores. Se você começar em Mi, por exemplo, verá que de Mi pra Fá a distância é de um ST, e a regra diz que deve ser de 1 T. Então, já devemos colocar um Fá# pra manter o modelo.
Pra ficar mais claro vamos pensar agora nos intervalos das escalas.
A Escala Maior tem a seguinte sequência:
2M 3M 4J 5J 6M 7M
Se você não entendeu essa nomenclatura de intervalos, volte ao post:
Se pensarmos no primeiro acorde dessa escala teremos:
É o acorde de C7M.
Repare que o acorde foi formado com as notas da escala maior, seguindo a sequência da primeira, terceira, quinta e sétima nota. Dessa forma temos o intervalo de 3M, logo o acorde será maior. Completando temos a sétima nota que é o si, que é um intervalo de 7M em relação ao Dó, logo é a sétima maior também do acorde de C.
Se você tocar essas notas separadamente terá o Arpejo de C7M.
Vamos à escala menor:
2M 3m 4J 5J 6m 7m
Se pensarmos no primeiro acorde dessa escala teremos:
É o acorde de Am7.
Dessa vez o intervalo entre a nota Lá e a próxima nota, que é a terça, é de 1 T e meio, logo é um intervalo de terça menor. E o intervalo de Lá para Sol é de uma sétima menor.
Logo o acorde é menor com sétima também menor.
Da mesma forma se tocar separadamente as notas do acorde de Am7 teremos o Arpejo desse acorde.
Resumindo!
O que diferencia um acorde, escala ou arpejo Maior de um menor são os intervalos que eles apresentam em sua composição.
Até a próxima pessoal!!!